domingo, 26 de setembro de 2021

O governo democrático de Getúlio Vargas

Eleição de Getúlio Vargas - 1950
            "Bota o retrato do velho outra vez... bota no mesmo lugar". Assim começava a marchinha que saudava o retorno de Getúlio Vargas à presidência da república em 1950, dessa vez eleito pelo voto direto.
            Nas eleições de 1950, Vargas derrotou o candidato apoiado por Dutra, retornando à presidência da república e mostrando que seu prestígio político era muito forte.
            Vargas recebeu de Dutra um país com desequilíbrio nas contas públicas e elevada inflação, mas logo essas dificuldades foram contornadas. Em 1951, a inflação caiu, as exportações superaram as importações, a indústria de base foi ampliada e o crescimento econômico do país atingiu 7%. Porém, nos anos seguintes, esses avanços econômicos foram em parte reduzidos, principalmente porque os EUA diminuíram os recursos para investimentos no Brasil. Além disso, a inflação continuou alta, encarecendo o custo de vida, sobretudo do trabalhador.
            O cenário político do segundo governo Vargas foi marcado pela instabilidade e por uma intensa polarização. De um lado estava o nacional-estatismo, representado por Vargas, que defendia o fortalecimento do capitalismo nacional, a criação de empresas estatais em setores estratégicos, a ampliação de leis sociais e de políticas públicas intervencionistas. Do outro lado, o liberal-conservadorismo, que pregava a liberalização (desregulamentação) da economia e do mercado de trabalho, a abertura do mercado nacional e investimentos estrangeiros e o alinhamento incondicional do país aos EUA.
            Com o auxílio da grande imprensa, a oposição a Vargas se empenhou em desqualificar seu governo e mobilizar a população contra o presidente. Seus opositores criticavam não apenas a administração e a política econômica estatal, como também acusavam Vargas de ser corrupto e violento.

Atentado sofrido pelo jornalista Carlos Lacerda

    
        A crise política se agravou quando, em 5 de agosto de 1954, o chefe da segurança de Vargas, Gregório Fortunato, articulou uma tentativa frustrada de assassinato de Lacerda. O jornalista sobreviveu, mas o major da Aeronáutica que o acompanhava, Rubens Vaz, foi assassinado.
            Após o episódio, oficiais superiores e subalternos das Forças Armadas foram pressionados nos jornais a derrubarem o presidente. Entre renunciar ou sofrer um golpe militar, o presidente recorreu à saída trágica: na noite de 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, Vargas pôs fim à sua vida com um tiro no peito. Deixou uma carta-testamento, acusando seus inimigos internosm aliados a grupos estrangeiros, de serem os responsáveis pelas dificuldades enfrentadas pelo povo brasileiro.
            A comoção pelo suicídio de Vargas espalhou-se por todo o país. Motins populares irromperam em várias cidades, sedes dos principais jornais e partidos de oposição, além da embaixada dos EUA, no Rio de Janeiro, foram depredadas. Essas manifestações impediram a tomada do poder pelos militares. Assim, o vice-presidente Café Filho assumiu a presidência, garantindo a realização das eleições de 1955.                                                                           

A renúncia de Jânio Quadros

            Apesar do crescimento econômico e do clima de otimismo no Brasil, o governo JK foi muito criticado. Os gastos para sustenta o crescimento foram enormes e resultaram no aumento da dívida externa e da inflação no país. Além disso, várias denúncias de corrupção recaíram sobre o governo, principalmente envolvedo a construção de Brasília.
            Foi explorando essas dificuldades do governo JK que o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Jânio Quadros, foi eleito presidente da república. Durante sua campanha, Jânio se apresentou como um político que governava para o povo, sem compromissos partidários. Utilizando uma vassoura como símbolo de campanha, Jânio Quadros prometeu "varrer" a corrupção e acabar com a dívida externa.
Jânio Quadros (centro)

    
        Ao assumir o cargo, em janeiro de 1961, Jânio tomou medidas extremamente polêmicas no plano interno, como a proibição do uso de biquínis, dos desfiles em concursos de miss com maiôs cavados, do uso de lança-perfume nos bailes de carnaval e das brigas de galo.
            No plano externo, visando demonstrar independência em relação aos EUA, Jânio condecorou "Che" Guevara, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, apoiou a luta pela independência das colônias portuguesas na África, restabeleceu relações diplomáticas com a União Soviética e abriu relações comerciais com a China.
            Até a eleição de Jânio, o Estado brasileiro subsidiava parte das despesas com a importação de trigo e de petróleo para favorecer o consumo interno. No entanto, com o intuito de controlar os gastos públicos, Jânio reduziu a participação do Estado nessas despesas. Resultado: logo no início de seu governo, os preços do pão e dos combustíveis aumentaram 100%.
            As atitudes e as medidas adotadas por Jânio Quadros desagradaram militares e lideranças políticas que apoiavam seu governo. Isolado politicamente, o presidente renunciou a seu mandato em 25 de agosto, alegando que "forças ocultas" o impediam de governar. Acreditava-se que, com essa decisão, Jânio esperava mobilizar a população em defesa de seu governo. Mas não foi o que ocorreu. O Congresso Nacional aceitou o pedido de renúncia e a população não se manifestou.
            Com a renúncia de Jânio, o vice-presidente João Goulart deveria assumir o cargo. Entretanto, Jango, como era popularmente conhecido, estava em viagem diplomática à China na ocasião. Por sua ligação com movimentos de trabalhadores, Jango era visto com desconfiança pelas elites conservadoras e pelos militares, que o identificavam com a ameaça comunista. Por isso, tentaram impedir a sua posse.
            A reação dos aliados de Jango foi rápida. No Rio Grande do Sul, o então governador Leonel Brizola iniciou uma campanha exigindo o cumprimento da Constituição, o que significava garantir a posse de Jango. Nomeada Campanha da Legalidade, a operação logo recebeu o apoio de vários políticos e setores da sociedade em todo o país.

João Goulart

            Com o impasse, o Congresso votou uma proposta para pôr fim à crise: Goulart assumiria a presidência, mas com poderes limitados. Instaurou-se no país um regime parlamentarista, no qual um primeiro-ministro seria o chefe de governo. Uma consulta popular a ser realizada em 1965 definiria a permanência do parlamentarismo ou o retorno ao presidencialismo.
            O nome indicado pelas lideranças políticas e militares e aceito por João Goulart foi o do mineiro Tancredo Neves. Assim, Jango retornou ao Brasil e assumiu a presidência da república. Parecia que a crise sucessória tinha sido superada. 

Economia e sociedade mineradora

            As primeiras descobertas de ouro na região das Minas foram reivindicadas pelos bandeirantes paulistas, que passaram a exigir o direito de explorá-lo com exclusividade. Entretanto, a informação sobre a localização das minas se espalhou rapidamente e atraiu para a região muitas pessoas, como aventureiros, colonos, tropeiros, comerciantes, estrangeiros e funcionários da Coroa. Essas pessoas foram chamadas de emboabas.
            Diversas disputas pelo controle da área mineradora levaram a um enfrentamento armado entre paulistas e emboabas, que ficou conhecido como Guerra dos Emboabas e que ocorreu entre 1707 e 1709. Os exploradores paulistas, derrotados, viram-se obrigados a continuar as expedições à procura de metais preciosos em outras regiões.
            Depois do conflito, a Coroa portuguesa aumentou a sua presença na região das Minas, fundando vilas administrativas ligados ao reino. 
            A Coroa Portuguesa esperava garantir lucros na exploração aurífera por meio da cobrança de impostos. A principal taxação, aplicada desde o início do século XVII, era o quinto, em que 20% de todo o metal encontrado era reservado à Coroa.
            Para evitar o contrabando, a Coroa portuguesa proibiu a circulação de ouro em pó e implantou as Casas de Fundição. Nelas, o quinto era recolhido e o ouro era transformado em barras e recebia o selo real. A circulação do ouro era autorizada apenas após esse processo. As penas para quem descumprisse a lei poderiam ser desde o confisco de bens até o banimento para as colônias portuguesas na África. No entanto, mesmo com esses mecanismos de controle, grande quantidade de ouro circulou no contrabando e houve sonegação de impostos.
            Entre 1735 e 1750, instituiu-se também o sistema de capitação, em que era cobrada uma taxa pela posse de cada escravizado. Porém, esse sistema gerou vários motins, pois os tributos eram cobrados independentemente de os escravizados serem ou não utilizados na exploração das minas.
            A partir de 1750, o governo português manteve apenas o imposto do quinto e fixou uma cota de 100 arrobas (cerca de 1.500 quilogramas) anuais para toda a área mineradora. Para pressionar os mineiros a cumprir a exigência, a Coroa instituiu a derrama. Caso a cota não fosse atingida, a população deveria completá-la com seus próprios recursos.
            Desde 1762, com o rápido esgotamento das minas, os quintos nunca mais atingiram as 100 arroubas e houve várias derramas. Essa situação provocou durante décadas muita insatisfação, que se agravava a cada cobrança. A ameaça de aplicação da derrama era motivo de preocupação constante. Dessa forma, o clima de revolta se alastrava entre os mineradores.
            A notícia de que seriam instaladas as Casas de Fundição foi motivo de um importante conflito na região. Os mineradores contestaram a medida, que aumentaria ainda mais o custo de vida, que já era muito alto, pois praticamente tudo era consumido na região das Minas era proveniente de outras áreas da colônia.
            Diante dessa situação, cerca de 2 mil mineiros, comandados pelo tropeiro português  Filipe dos Santos, tomaram a Vila Rica e exigiram que o governador da capitania cancelasse a medida. Porém, o governo não só manteve as Casas de Fundição como reprimiu a revolta para servir de exemplo a futuros movimentos: Filipe dos Santos foi enforcado, e seu corpo foi esquartejado e exibido em praça pública.

O surgimento do Islamismo

 Os povos da Arábia

            Os povos da Arábia tinham uma organização social baseada nos laços de parentesco entre tribos de origem semita que falavam diferentes dialetos árabes. Provavelmente em razão das dificuldades de sobrevivência no deserto, eles desenvolveram o sentimento de que as necessidades do grupo eram superiores às necessidades do indivíduo.

            Os antigos árabes eram politeístas animistas, isto é, acreditavam em diversos deuses e cultuavam elementos da natureza. Cada tribo cultuava um deus particular, o que lhe proporcionava um sentido de coesão e unidade, mas alguns deuses eram cultuados em toda a Árabe. Todos eles estavam subordinados a um deus superior, Allah (Alá).

            Além disso, os povos da antiga Arábia acreditavam em criaturas intermediárias entre o homem e as divindades. Eles seria os responsáveis por doenças, epidemias, loucura, esterilidade e outros males que afligiam a população.    

            Maomé e o surgimento do Islã

            Maomé nasceu na cidade de Meca por volta de 570. Pertencia a uma família do clã hashemita, um ramo menos poderoso da tribo dos coraixitas. Perdeu sua mãe aos 7 anos e foi adotado por uma família de comerciantes. Desde jovem, acompanhava seu irmão adotivo em caravanas comerciais pela região, até se tornar um mercador. É possível que nessas viagens Maomé tenha entrado em contato com o judaísmo, o cristianismo e crenças politeístas da Arábia.


    
        Segundo a tradição islâmica, em 610, aos 40 anos, Maomé teve sua primeira revelação divina na caverna de Hira, próximo a Meca. Enquanto meditava, o anjo Gabriel lhe apareceu e anunciou : "Maomé, tu és o profeta de Deus e sua missão é pregar a fé em um único Deus".

            Inicialmente, Maomé confiou a revelação apenas a familiares próximos. Por volta de 613, decidiu tornar pública a mensagem de Deus. Assim, dirigiu-se à Colina de Safa, diante do santuário de Caaba, para anunciar a existência de um único Deus, condenar a idolatria e declarar-se o último mensageiro de Deus.

            No início, os ensinamentos e as pregações de Maomé e as pregações de Maomé estiveram limitados a um pequeno grupo de jovens da tribo dos coraixitas, além de mercadores, artesãos e escravos. À medida que o número de seguidores foi crescendo, as principais famílias coraixitas começaram a se sentir ameaçadas. Como a pregação de Maomé condenava o politeísmo e a idolatria da Caaba, os líderes coraixitas temiam perder seu poder seu poder político e os lucros obtidos com as peregrinações aos santuário. Dessa forma, Maomé e seus seguidores passaram a ser duramente perseguidos.

            Em 622, Maomé decidiu migrar para Yatrib, mais tarde conhecida como Medina, a cidade do profeta. Esse episódio, conhecido como Hégira, inaugurou uma nova fase da aceitação do islã como religião única na península Arábica e de sua expansão, principalmente por meio da Jihad. Por sua importância para o Islã, a Hégira foi adotada como o ano 1 do calendário muçulmano.

            Os coraixitas cederam às pregações de Maomé ao perceberem que a aceitação da nova crença poderia ser positiva para a manutenção de seu poder e seus negócios. Nesse contexto, estabeleceu-se em Medina uma nova ordem social e política com a formação da comunidade islâmica.

            Meca preservou sua importância econômica e religiosa, agora como centro de peregrinação da nova fé. A Caaba continuou sendo um templo sagrado, porém, com outro significado. Na tradição muçulmana, esse grande cubo negro teria sido construído por Adão, destruído pelo dilúvio e reconstruído por Abraão e seu filho Ismael. 

            Em Meca, Maomé também denunciou os fundamentos da fé islâmica: a unicidade de Deus, a crença na ressurreição e no dia do Juízo Final, as orações e a purificação da alma. Na cidade de Medina, o profeta estabeleceu a oração sagrada da sexta-feira e determinou que ela deveria ser feita com o fiel voltado em direção a Meca. Os ensinamentos transmitidos por Alá a Maomé foram reunidos, após a morte do profeta, em um livro sagrado: o Alcorão. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O que é história?


            História é o campo do conhecimento dedicado ao estudo das ações dos seres humanos no tempo e no espaço. Esse estudo envolve as realizações humanas, as transformações sociais, políticas e culturais que ocorrem nas sociedades, bem como as permanências, isto é, aquilo que pouco mudou ao longo do tempo.
            A História nos auxilia a conhecer o passado e, desse modo, compreender melhor o presente. Assim, nos tornamos mais capazes de agir para transformar a sociedade.
            Cada pessoa pode interpretar os acontecimentos do dia a dia de uma maneira diferente. E essa diversidade é positiva. Já imaginou se todos pensassem da mesma maneira? Provavelmente não haveria ideias novas. Os historiadores, quando estudam determinada sociedade, também podem interpretá-la de diferentes maneiras.
            Tudo aquilo que a humanidade produz ao longo do tempo pode ser considerado fonte histórica e, portanto, serve à construção do conhecimento histórico. São exemplos de fontes históricas: jornais, livros, cartas, diários, letras de música, histórias em quadrinho, pinturas, fotográficas, filmes, mapas, moedas, vasos, joias, edifícios, paisagens, esculturas e muitos outros. Também são considerados fontes históricas os relatos orais, por exemplo, as histórias contadas por nossos avós.
            O conhecimento histórico é aquele produzido com base na análise e na interpretação das fontes históricas. Quando um historiador analisa uma fonte histórica, ele precisa tomar alguns cuidados, pois já possui uma série de ideias, razões e emoções que interferem em sua interpretação.
            Uma mesma fonte histórica pode ser interpretada de diversas maneiras, dependendo dos critérios de análise de cada historiador. Além disso, a descoberta de novas fontes pode mudar o modo como os processos históricos são compreendidos pelos historiadores. Eles podem também apresentar diferentes interpretações para fontes já estudadas, dando a elas um novo significado. Portanto, se cada historiador faz a sua própria interpretação dos processos históricos, ela não pode ser considerada uma verdade única e absoluta.
            Sujeitos históricos são todas as pessoas que participam do processo histórico. Além dos sujeitos históricos individuais, existem os sujeitos históricos coletivos, como os grupos de pessoas que atuam em movimentos sociais, que são fundamentais nas ações de transformação social, política e econômica.
            Como exemplos de sujeitos coletivos, podemos citar as associações de moradores, os movimentos estudantis, os sindicatos de trabalhadores e as Organizações Não Governamentais (ONGs), que atuam diretamente na transformação da realidade.
            Por muito tempo, foram considerados sujeitos históricos somente pessoas ditas “importantes”, como reis, generais e presidentes. Acreditava-se que somente esses personagens de destaque determinavam os rumos da história. Atualmente, porém, todos os indivíduos ou grupos de pessoas são considerados sujeitos históricos.
            O calendário é um instrumento utilizado para medir a passagem do tempo e dividi-lo em unidades, como dias, meses e anos.
            Em nosso país, é adotado oficialmente o calendário gregoriano, introduzido em 1582 pelo então papa Gregório XIII. Esse calendário é solar, ou seja, um ano corresponde a uma volta da Terra em torno do Sol. Nesse calendário, o ano possui 365 dias e, a cada quatro anos, ocorre um ano bissexto.
            No calendário gregoriano, a contagem dos anos tem início na data atribuída ao nascimento de Jesus Cristo. Por isso, nos estudos históricos é comum encontrarmos as siglas a.c. e d.C., que significam “antes de Cristo” e “depois de Cristo”, respectivamente. Dessa forma, o ano contado a partir do nascimento de Cristo é o ano 1, o segundo é o ano 2, e assim sucessivamente, em ordem crescente. Os anos “depois de Cristo” podem ou não ser acompanhados da sigla d.C.
   

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O culto à mediocridade

         O Brasil está vivendo um período em sua história delineado pela presença das trevas. O obscurantismo, responsável pelo “Jesus da goiabeira” e o “terraplanismo”, se difundiu pelas entranhas da sociedade de uma maneira avassaladora. A estupidez e a arrogância tornaram-se elementos primordiais para se fazer política, desmantelando as premissas básicas do processo civilizatório.
       Torna-se assustador sabermos que temos um ministro da educação que não sabe escrever; um ministro do meio ambiente que incentiva o desmatamento; uma ministra dos direitos humanos fundamentalista e um ministro das relações exteriores que se esconde nos subterfúgios da ignorância. Todos encontram-se imersos na insensatez daquele que é considerado o pai da fake news, o miliciano-mor senhor Presidente da República Jair Bolsonaro.
         O silêncio da sociedade brasileira é ensurdecedor. Onde estão aqueles que se diziam contrários à corrupção? Que era preciso tirar o PT do governo para acabar com os desvios do dinheiro público? A camisa verde-amarela está guardada no fundo do guarda-roupa, pois não terão coragem de ir às ruas como outrora. E as panelas? Acho que estão sendo usadas para fritar ovos, pois com o atual preço da carne...
       O que dizer do “herói nacional” Sergio Moro? Aquele que iria aniquilar com os corruptos do país? Hoje, sabemos que o “marreco de Maringá” se esconde atrás do seu cargo, e que assumiu o papel de advogado da “familícia”. Comanda todo o sofisticado aparato de inteligência da Polícia Federal e do Ministério Público, não obstante, se recusa a informar onde encontra-se o Queiroz. Está evidente que a sua finalidade consiste em orquestrar um projeto de poder, seja o STF ou cargos de destaque na máquina pública, por isso que aceita a sua atual função de “funcionário do miliciano-mor”.
          Até quando a sociedade brasileira vai aceitar tanto descalabro? Tiraram nosso direito à aposentadoria, rasgaram a legislação trabalhista, aniquilaram com o acesso à educação de qualidade, desmantelaram o sistema de igualdade jurídica. Estão promovendo a destruição da cultura nacional que, atualmente, foi colocada a serviço do autoritarismo e de práticas neofascistas.  

         Não temos outro caminho que não seja a luta e a resistência. Nosso papel consiste em conscientizar acerca dos acontecimentos, estabelecer um debate ativo sobre os caminhos que o país está trilhando. Não devemos permitir que destruam a essência do povo brasileiro, historicamente marcada pelo respeito à diversidade étnica e cultural e a valorização das tradições milenares.   

domingo, 7 de julho de 2019

Prova com gabarito - 3º Ano - E. E. Monsenhor Rocha

           ESCOLA ESTADUAL “MONSENHOR ROCHA”
        Santa Bárbara do Leste – Minas Gerais
Verificação de aprendizagem
                Disciplina: História-Valor: 8 pts. Data: __/__/ 2019
Aluno(a):_________________________ Nº ____ Turma: 3º ano: __            Turno: _____________             Nota: _____

1. Após a Segunda Guerra Mundial, a URSS estruturou um plano de cooperação política com os países do bloco oriental, criado, em 1947:
A. (    ) O Comecom
B. (    ) O Kominform
C. (    ) O Pacto de Varsóvia
D. (    ) O Plano Marshall
E. (    ) A Otan

"É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a promover o retorno ao poder econômico normal no mundo, sem o que não pode haver estabilidade política nem garantia de paz." (Plano Marshall)

2. Esse plano:
A. (    ) Assegurava a penetração de capitais  norte-americanos no continente europeu, sobretudo em sua parte oriental.
B. (    ) Garantia, aos norte-americanos, o retorno a uma política isolacionista, voltada unicamente para os seus interesses internos.
C. (    ) Pretendia deter as ameaças soviéticas sobre os países do Oriente Médio, cuja produção de petróleo era vital para as economias ocidentais.
D. (    ) Era um instrumento decisivo na luta contra o avanço do comunismo na Europa arrasada pelo pós-guerra.
E. (    ) Representava uma tomada da tradicional política da "boa vizinhança" dos EUA em relação à América Latina.

As duas grandes marcas do século XX foram as guerras mundiais e o socialismo, ocasiões que geraram um terceiro grande fenômeno: a Guerra Fria, em que a moldura de uma ordem mundial bipolar se baseava na rivalidade entre os EUA e a União Soviética.

3. Analise as proposições seguintes sobre as grandes transformações do século XX:
I - A partir de 1945, o mundo esteve dividido, predominantemente, em blocos de países sob influência dos EUA e da União Soviética, que entraram em confronto de forma direta, o que levou o mundo a temer o deflagrar de uma guerra nuclear iminente.
II - No Plano Marshall encontra-se a origem da Guerra Fria. Esse Plano representou a resposta americana à crise europeia, por meio do financiamento americano da reconstrução da Europa.
III - O zênite da Guerra Fria aconteceu no momento em que duas graves crises colocaram à prova a resolução das duas superpotências e comprovaram o perigo de uma guerra total. Trata-se da crise de Berlim, em 1961, e a crise dos mísseis em Cuba, em 1962.
IV - Por consequência do fim da Guerra Fria e da queda o muro de Berlim, o socialismo definitivamente
deixou de existir e de orientar a política de diversos países.
V - Pode-se concluir que, para o quadro histórico do final do século XX e início deste século, tanto o socialismo quanto o capitalismo conseguiram consolidar diretrizes para os graves problemas socioeconômicos e políticos que afligem a humanidade.

Após a análise das proposições, assinale a alternativa verdadeira:
A. (    ) Apenas o item III é correto.
B. (    ) Os itens II e III estão errados.
C. (    ) Apenas o item V é correto.
D. (    ) Os itens II e III estão corretos.

4. Discorra sobre as principais características da Guerra Fria.

R: A guerra fria foi um período em que o mundo estava dividido em dois blocos distintos. De um lado os soviéticos, que defendiam o comunismo e, de outro, os norte-americanos, que lutavam pela implantação do capitalismo. Deve-se frisar que não houve um conflito direto envolvendo as duas nações.

5. O Pacto de Varsóvia, criado em 1955 e extinto em 1991, teve como principal objetivo:
A. (    ) Reunir os países socialistas como a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental contra a OTAN.
B. (    ) Consolidar a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
C. (    ) Conter a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
D. (    ) Consolidar a influência socialista na Europa Ocidental.
E. (    ) Consolidar a influência capitalista na Europa Oriental.

Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. [...] Dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da União Soviética.

6. O período citado no texto e conhecido por Guerra Fria pode ser definido como aquele momento histórico em que houve:
A. (    ) corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a Primeira Guerra Mundial.
B. (    ) Domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
C. (    ) choque ideológico entre a Alemanha Nazista/União Soviética Stalinista, durante os anos 1930.
D. (    ) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como a China e o Japão.
E. (    ) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.

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7. Explique a imagem acima relacionando-a com a Guerra Fria.

R: As bombas lançadas sobre o Japão foi uma demonstração de força dos EUA, um recado aos soviéticos sobre as intenções norte-americanas de dominar o cenário internacional. Esse evento marcou o início da guerra fria.

(...) apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência.

8. Sobre o tema, é correto afirmar:
A. (    ) Os EUA possuíam maior quantidade de países aliados, enquanto a influência da URSS era maior quanto à extensão territorial total, o que equilibrava suas forças.
B. (    ) Uma característica marcante da Guerra Fria é que, em termos objetivos, o perigo de ocorrer uma guerra mundial era mínimo, quase inexistente.
C. (    ) EUA e URSS respeitavam a orientação do Protocolo da ONU de não desenvolverem nem manterem arsenais nucleares durante a Guerra Fria.
D. (    ) Ao final da Segunda Guerra Mundial, EUA e URSS firmaram um acordo, no sentido de não se atacarem mutuamente, nem aos aliados uns dos outros.
E. (    ) Durante a Guerra Fria, a propaganda foi pouco utilizada pelas duas superpotências como recurso para estabelecer limites nas ações do adversário.

Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a formação de alianças antagônicas de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É importante destacar que, na formação da OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela opção entre os modelos capitalista e socialista.

9. Essa divisão europeia ficou conhecida como:
A. (     ) Cortina de Ferro
B. (     ) Muro de Berlim
C. (     ) União Europeia
D. (     ) Convenção de Ramsar.
E. (     ) Conferência de Estocolmo.

10. Em janeiro de 1959, tropas revolucionárias comandadas por Fidel Castro tomaram o poder em Cuba. A luta revolucionária:
A. (    ) Foi dirigida por uma guerrilha comunista que pôde derrotar o exército de Fulgêncio Batista, graças ao apoio militar oferecido pela União Soviética.
B. (    ) Foi dirigida pelo Partido Comunista de Cuba, que conseguiu mobilizar camponeses e trabalhadores urbanos contra a ditadura de Fulgêncio Batista.
C. (    ) Foi dirigida por dissidentes do governo de Fulgêncio Batista, com apoio inicial do governo dos Estados Unidos, interessado em democratizar a região do Caribe.
D. (    ) Foi dirigida por uma guerrilha nacionalista e anti-imperialista, que angariou apoios da oposição burguesa e de setores da esquerda cubana.
E (    ) Foi dirigida por um movimento camponês espontâneo que, gradativamente, foi controlado pelos comunistas liderados por Fidel Castro.

12. A Guerra do Vietnã, símbolo da resistência do povo vietnamita, submeteu as forças militares americanas a sua mais fragorosa derrota. Para os vietnamitas, a presença americana no Sudeste da Ásia apenas substituía as forças colonialistas da:
A. (    ) França
B. (    ) Inglaterra
C. (    ) Holanda
D. (    ) Bélgica
E. (    ) Alemanha

13. Sobre a Guerra da Coréia (1950-1953), é correto afirmar, EXCETO:
A. (    ) O teatro de operações estendeu-se pelo território chinês, ficando a população submetida a um clima de "fogo cruzado" entre os norte-americanos e russos.
B. (    ) O início do conflito está relacionado com a invasão da Coréia do sul por tropas da Coréia do Norte sob a influência dos russos e chineses.
C. (    ) O sul da Coréia, área de influência norte-americana, tendia para o regime democrático e a Coréia do Norte, para o regime socialista, sendo que as duas partes não conseguiram chegar a um acordo político.
D. (    ) A Coréia era uma antiga possessão japonesa que fora ocupada durante a Segunda Guerra Mundial e, após o conflito, com a vitória dos aliados, transformou-se em cenário da Guerra Fria.
E. (    ) As tropas da ONU, comandadas pelo general Mac Arthur, conseguiram rechaçar os norte-coreanos, sendo, posteriormente, fixadas as fronteiras entre os dois países na altura do paralelo 38°.

"(...) Para os mais velhos, Mao é um constrangimento. É raro encontrar quem o defenda. Ao fim da viagem, quando eu já me conformava com o ritmo lento e as respostas esquivas dos chineses, testemunhei a única reação direta, quase intempestiva, de um professor de Economia da Universidade de Tsing-Hua, Denggao Long. Ao indagar se as mudanças na China mostravam uma verdadeira revolução de Deng, Long deu um pulo na cadeira e até arriscou o inglês: 'Revolução? Não! Reforma.' Eu sorri, e ele continuou: 'Revolução, nunca mais na China. A Revolução Cultural foi uma tragédia, um erro (...)'." Revista "Época", 06/2008

14. Que aspecto da Revolução Cultural Chinesa, ocorrida entre as décadas de 1960/1970, justificaria a afirmação destacada no trecho anterior?Assinale a alternativa que responde, corretamente, à questão.
A. (    ) A Revolução Cultural agiu em favor da burocratização do Estado Chinês e da planificação excessivamente centralizada da economia.
B. (    ) No plano econômico, a Revolução Cultural atrasou o avanço tecnológico do país, entre outros aspectos, devido às inúmeras perseguições a intelectuais, cientistas e educadores.
C. (    ) Por meio da mudança de mentalidade, o governo maoísta pretendia consolidar os ideais revolucionários burgueses, em detrimento da massa camponesa.
D. (    ) A Revolução Cultural combateu, duramente, o isolamento tradicional da cultura chinesa, valorizando o cosmopolitismo e a inovação criadora trazida pelo Comunismo.
E. (    ) Defendendo uma revolução proletária urbana, nos moldes da Revolução Russa, Mao Tse-tung precisou usar de extrema violência para conter a participação da massa camponesa, o que resultou em massacre.

Resultado de imagem para charge corrida espacial

15. Explique a imagem acima de acordo com os conhecimentos obtidos em sala de aula.

R: A imagem acima representa a corrida espacial, que ocorreu no período conhecido como Guerra Fria.


O que eu penso, não muda nada além do meu pensamento, o que eu faço a partir disso, muda tudo!
Leandro Karnal

O governo democrático de Getúlio Vargas

Eleição de Getúlio Vargas - 1950               "Bota o retrato do velho outra vez... bota no mesmo lugar". Assim começava a marchi...